Nanã Buruquê é uma importante entidade cultuada na religião da Umbanda, que combina elementos do espiritismo, do catolicismo e das tradições africanas. Ela é considerada uma das mais antigas divindades do panteão umbandista e é reverenciada como uma mãe ancestral, associada à sabedoria, à maternidade e à ancestralidade.
A seguir, vou compartilhar informações sobre Nanã Buruquê na Umbanda: 1. Origem e características: Nanã Buruquê é uma divindade que tem origem nas religiões africanas, especificamente na tradição iorubá, onde é conhecida como Nana Buluku. Na Umbanda, ela é representada como uma senhora idosa, com longos cabelos brancos e vestida com roupas de cores suaves, como lilás, branco e azul claro. Ela é considerada a avó de todos os Orixás e a guardiã das almas dos mortos. 2. Função e atribuições: Nanã Buruquê é associada a diversas atribuições e funções. Ela é considerada a protetora dos idosos, dos doentes, das gestantes e das crianças recém-nascidas. Além disso, é reconhecida como uma entidade ligada à cura espiritual, à purificação e à renovação. Acredita-se que ela possui grande sabedoria e conhecimento ancestral, sendo invocada para auxiliar nas questões familiares e emocionais. 3. Sincretismo: Na Umbanda, Nanã Buruquê é frequentemente sincretizada com a figura de Santa Ana, a mãe de Maria e avó de Jesus, da tradição católica. Essa associação é feita devido às semelhanças entre as duas figuras como protetoras das famílias e das crianças. 4. Saudação: A saudação tradicional para Nanã Buruquê na Umbanda é "Saluba Nanã!", que expressa respeito e reverência à divindade. 5. Dia de culto: Não há um dia específico para o culto a Nanã Buruquê na Umbanda. No entanto, muitos umbandistas a reverenciam em 26 de julho, data que coincide com o dia de Santa Ana no calendário católico. 6. Elementos associados: Nanã Buruquê é associada a elementos como a lama, as águas paradas, as palhas e as varetas. Esses elementos são utilizados em rituais e oferendas dedicados a ela. 7. Cores e símbolos: As cores associadas a Nanã Buruquê na Umbanda são o lilás, o branco e o azul claro. Seus símbolos incluem uma bengala, que representa sua sabedoria e autoridade, e um pilão, que está relacionado ao processo de transformação e purificação. É importante ressaltar que a Umbanda é uma religião diversa, com diferentes tradições e formas de culto em diferentes regiões e casas religiosas. As informações acima representam aspectos gerais sobre Nanã Buruquê na Umbanda, mas podem haver variações de acordo com as práticas específicas de cada casa e região.A história de Nanã Buruquê na Umbanda remonta às tradições religiosas africanas, mais especificamente à tradição iorubá. Nanã Buruquê é considerada uma das mais antigas divindades do panteão umbandista, uma entidade venerada como uma mãe ancestral.
De acordo com a mitologia iorubá, Nanã Buluku (nome original da divindade) é uma figura primordial, associada à criação do mundo e à origem da vida. Ela é descrita como uma divindade feminina, idosa e sábia. Na Umbanda, ela é representada como uma senhora idosa de cabelos brancos e vestida com roupas suaves, geralmente em tons de lilás, branco e azul claro. Nanã Buruquê é considerada a avó de todos os Orixás, sendo reverenciada como a guardiã das almas dos mortos. Ela é associada à sabedoria, à maternidade, à ancestralidade e à renovação espiritual. Acredita-se que ela possua um profundo conhecimento das tradições e dos segredos ancestrais. Uma das histórias mais conhecidas sobre Nanã Buruquê é a sua ligação com a criação da humanidade. Segundo a lenda, Nanã participou da formação do primeiro ser humano. Ela moldou a forma do corpo humano com argila e deu vida a ele com seu sopro. Essa conexão com a criação e a fertilidade a torna uma divindade especialmente venerada em questões relacionadas à gestação, ao parto e aos cuidados com as crianças. Na Umbanda, Nanã Buruquê também é sincretizada com a figura de Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus, da tradição católica. Esse sincretismo ocorreu durante o período de colonização e escravidão, quando os africanos escravizados adaptaram suas crenças às práticas católicas impostas pelos colonizadores. Assim, a figura de Santa Ana passou a ser associada a Nanã Buruquê, preservando a devoção e o culto à divindade africana. O culto a Nanã Buruquê na Umbanda é realizado por meio de rituais, preces, oferendas e invocações. Ela é reverenciada como uma divindade protetora, especialmente nos aspectos relacionados à família, à saúde e à sabedoria ancestral. Os umbandistas buscam sua orientação e auxílio em questões emocionais, problemas familiares, doenças e processos de cura espiritual. É importante ressaltar que a história e as lendas sobre Nanã Buruquê podem variar em diferentes casas e tradições umbandistas. Cada casa religiosa pode ter suas próprias narrativas e interpretações específicas da divindade, adaptadas de acordo com suas práticas e tradições particulares.