A entidade Sete Saias é geralmente associada a uma mulher idosa vestida com sete saias coloridas, que representam os sete raios cósmicos. Ela é considerada uma espécie de mãe protetora, uma figura materna que traz conforto, sabedoria e orientação espiritual para aqueles que a procuram.
Sete Saias é conhecida por sua habilidade de "saber tudo" e de "ver além do véu", ou seja, ela possui uma percepção aguçada e é capaz de enxergar o passado, o presente e o futuro. Ela é reverenciada como uma grande conselheira, capaz de oferecer orientações e soluções para problemas pessoais, familiares ou espirituais. A entidade Sete Saias está associada a algumas cores específicas em suas saias, que podem variar de acordo com a tradição e o terreiro de Umbanda. As cores mais comumente atribuídas a ela são: azul, vermelho, branco, rosa, verde, amarelo e lilás. Essas cores representam os diferentes aspectos espirituais e energéticos que ela incorpora. Nos rituais de Umbanda, os médiuns podem incorporar a entidade Sete Saias durante as sessões, permitindo que ela se comunique e interaja com os fiéis. Durante esses momentos, a entidade pode oferecer palavras de conforto, conselhos e até mesmo realizar trabalhos espirituais de cura, proteção ou desobsessão. É importante ressaltar que, na Umbanda, cada terreiro e cada grupo possui suas próprias particularidades e formas de cultuar as entidades. Portanto, podem haver variações nas características atribuídas a Sete Saias, bem como nos rituais e práticas relacionadas a ela. É sempre recomendado buscar informações específicas junto a praticantes e líderes de terreiros para obter um entendimento mais aprofundado e preciso sobre a entidade.A história da entidade Sete Saias na Umbanda é baseada em lendas e tradições transmitidas oralmente pelos praticantes da religião ao longo dos anos. Essas histórias ajudam a construir a figura e o culto à entidade na Umbanda.
Segundo as narrativas, Sete Saias era uma mulher africana que viveu há muitos séculos atrás, durante o período da escravidão no Brasil. Ela teria sido uma poderosa curandeira e sacerdotisa em sua tribo na África, conhecida por seus conhecimentos sobre ervas medicinais, magia e conexão com os espíritos. No Brasil, após ser capturada e trazida como escrava, Sete Saias teria continuado a exercer suas habilidades espirituais e a ajudar outras pessoas por meio de suas práticas de cura. Ela teria sido reconhecida por sua sabedoria, sua capacidade de ver além do visível e sua habilidade de se comunicar com os espíritos. A história de Sete Saias na Umbanda também está relacionada a uma tradição da cultura afro-brasileira conhecida como "vestir saias". Acredita-se que as saias usadas pela entidade simbolizam sua conexão com os sete raios cósmicos, que representam diferentes aspectos da espiritualidade e da energia. Com o tempo, a figura de Sete Saias foi incorporada ao panteão de entidades da Umbanda, sendo reverenciada como uma mãe protetora, conselheira e curadora. Seu conhecimento e orientações espirituais são buscados por aqueles que procuram auxílio em questões pessoais, familiares e espirituais. Vale ressaltar que, como parte de uma tradição oral, as histórias sobre Sete Saias podem variar de acordo com a região, o terreiro e os relatos individuais. Cada casa de Umbanda pode ter suas próprias narrativas e interpretações da entidade, mantendo viva a história e o culto a Sete Saias dentro da religião.