Xangô é um orixá da religião umbanda, que tem suas raízes na cultura africana, especificamente na tradição iorubá. Ele é considerado um dos orixás mais importantes e poderosos da Umbanda, associado ao fogo, à justiça, ao trovão e à pedreira.
Características de Xangô: - Símbolos: Xangô é representado por uma machadinha de dois gumes chamada "oxê" e por um espelho redondo conhecido como "opáxorô". O oxê representa o poder de Xangô para cortar e decidir, enquanto o opáxorô simboliza a reflexão e a introspecção. - Cores: As cores associadas a Xangô são o vermelho e o branco. O vermelho representa a força e a energia do fogo, enquanto o branco simboliza a pureza e a justiça. - Sincretismo: Na Umbanda, Xangô é sincretizado com São Jerônimo, um santo católico. Essa fusão ocorre principalmente devido a semelhanças entre as características e atributos de ambos os deuses. - Domínio: Xangô é considerado o orixá da justiça, equilíbrio, ordem e autoridade. Ele é responsável por estabelecer e manter a harmonia na sociedade e punir os transgressores. Xangô é considerado um defensor da verdade e um juiz implacável, mas justo. - Saudação: A saudação a Xangô na Umbanda é "Kawó Kabiesilê", que significa "Salve Xangô". - Dia da semana: O dia consagrado a Xangô na Umbanda é a quarta-feira. É nesse dia que os seguidores dedicam suas orações e oferendas a esse orixá. - Elemento: Xangô está associado ao elemento fogo. O fogo é considerado sua principal ferramenta de punição e justiça. - Personalidade: Xangô é retratado como um orixá enérgico, corajoso, justo e protetor. Ele é considerado um exemplo de justiça e sabedoria. Os devotos de Xangô buscam sua orientação para questões legais, disputas e tomada de decisões importantes. - Festividades: As festividades dedicadas a Xangô costumam ocorrer em 24 de junho, conhecido como o dia de São João, um dos sincretismos com São Jerônimo. Importante lembrar que a Umbanda é uma religião com diversas variações e regionalismos, então as práticas e crenças podem variar entre os terreiros e seguidores. É sempre bom consultar fontes confiáveis e estudar a fundo a tradição específica que você está interessado.Xangô tem uma história rica e interessante na Umbanda. Na Umbanda, Xangô é considerado um orixá, uma divindade ancestral da tradição iorubá. Sua história e mitologia são fundamentais para entender sua importância na religião.
De acordo com a mitologia iorubá, Xangô era um rei chamado Jakuta, conhecido por sua sabedoria, justiça e habilidades como guerreiro. Ele governou a cidade de Oyó, na Nigéria, em um período marcado por desafios e conflitos. Xangô era conhecido por sua habilidade de resolver disputas e manter a ordem na sociedade. A lenda conta que Xangô tinha um poderoso instrumento divinatório chamado "Opelé Ifá", que o auxiliava em suas decisões. Ele também era conhecido por usar o fogo e o trovão para punir os transgressores e manter a justiça. No contexto da Umbanda, a história de Xangô foi adaptada e incorporada à religião. Xangô é considerado um orixá de grande poder e autoridade, associado à justiça e ao equilíbrio. Ele é visto como um guia espiritual que auxilia seus seguidores a lidarem com questões legais, conflitos e tomadas de decisões importantes. Na Umbanda, Xangô também é sincretizado com São Jerônimo, um santo católico conhecido por sua sabedoria e justiça. Essa fusão entre a tradição africana e a religião católica é comum na Umbanda, e permite que os seguidores de Xangô o reverenciem tanto dentro dos rituais umbandistas quanto em festividades católicas. As festividades dedicadas a Xangô na Umbanda costumam ocorrer em 24 de junho, durante as celebrações de São João. Nesse período, os devotos de Xangô realizam rituais, oferendas e rezas em honra ao orixá. É importante ressaltar que a história de Xangô na Umbanda pode variar entre os diferentes terreiros e tradições da religião. Cada casa de Umbanda tem suas próprias formas de cultuar os orixás, adaptando as histórias e práticas de acordo com seus ensinamentos e tradições específicas.